É verdade! De tanto querer esgota-se o essencial. Como aromas perseverantes que deixam de se diferenciar. Crónicas adormecidas e adiadas por sabores agre e doce, tantas vezes carregados de saudade de um tempo que não volta. Só se adiam vontades mudando-se formas de estar. O futuro constrói-se no presente a cada movimento que se faz, causando, ora avanços, ora recuos. Luta-se por coerência, naquilo que é a essência do ser. Deixemos o supérfluo! Não vale a pena insistir em causas mais ou menos perdidas, tentando desesperadamente ler a história do avesso. Forçar soluções sem conhecer razões tão pouco é aconselhável. Para tudo há uma explicação, que emerge sempre, às vezes, quando menos se espera. Há coisas tão simples, quanto maravilhosas, basta desejar novos rumos, e não esperar nada. Hoje almeja-se uma mudança de atitude deixando as complicações para quem diariamente as cultiva. O valor não se impõe. É uma conquista diária que dá trabalho, mas que vale muito a pena! Para isso, como diz o poeta, é preciso que a alma não seja pequena.