Lendo Amin Maalouf é impossível não reflectir acerca do eu e dos comportamentos dos que nos rodeiam. Refiro-me concretamente às três tentações com que nos deparamos ao longo da nossa vida. A tentação do precipício, aquela que reflecte a atitude de pessoas que ao sentirem-se insignificantes, se lançam no abismo tentando arrastar outros na sua queda. A tentação da parede, aquela que revela uma atitude de quem se agarra aos comportamentos habituais, à espera que passe a tempestade. E, finalmente, a tentação do cume, aquela que espelha a atitude das pessoas que pretendem combater científica e eticamente as ameaças que pairam sobre a humanidade, fazendo-a dar um salto qualitativo.
Não me revendo em absoluto na tentação do precipício, reconhecendo o comodismo que a tentação da parede apresenta, identifico-me, sem qualquer sombra de dúvida, com a tentação do cume. Procuro, por vezes conseguindo, marcar a diferença, lutando diariamente pelos meus ideais, vencendo medos e desilusões, procurando, constantemente, dar um salto qualitativo.
NM