É com alguma revolta e sentimentos contraditórios que ouço e leio algumas opiniões de pessoas que só revelam desconhecimento e ignorância ao abordarem um assunto tão sério como o processo de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências. Para falar do que não se sabe, melhor seria estar quieto e calado. O disparate seria menos evidente. Este é um sistema bem-sucedido por toda a Europa que num país com pessoas com características tão peculiares como o nosso, onde a inveja do vizinho é um lugar-comum, seria uma marca de difícil implementação, já o tinha afirmado Roberto Carneiro, grande referência e visionário em matéria de Educação. O que acontece é que na Educação de Adultos, como na Educação em geral, há bons e maus profissionais. Há os que dão o litro com sete e oito turmas, há os que corrigem tantos Portefólios Reflexivos de Aprendizagem quantos podem e há os outros que têm duas ou três turmas e os que só corrigem os PRA naquele tempo regulamentar, nem mais um minuto. Ah é verdade há outra coisa que os distingue, há os que têm o desplante de durante uma aula mandar um aluno do 2º CEB ir buscar um café (imagine-se) e há aqueles que aguentam estar numa sessão de júri de 5 ou 7 horas sem comer nem beber nada!
Há todo um caminho a percorrer neste campo da ALV! Quem anda para trás é caranguejo. O caminho faz-se de avanços e retrocessos. ” Não há caminho! O caminho faz-se caminhando”...