Lágrimas
Hoje em dia não se sabe amar, nem ser-se amado. Egoísmo, independência, bem-estar, crise, são alguns dos argumentos de peso, para justificar o estado das coisas. As pessoas apaixonam-se facilmente, mas depois não conseguem evoluir para o estado do amor, que implica cedência, protecção, carinho, doação sem esperar nada em troca, humildade, aceitação do outro e das limitações do próprio. Dá pena ver o ponto de degradação a que as pessoas chegam só para não aceitar o outro, ou a si mesmo. Triste. Pior do que a famigerada crise, é o ser humano que se está a consumir a si próprio! Ninguém conseguirá mudar nada neste mundo se não conseguir mudar-se a si próprio!
Porque será que no cinema e na ficção em geral, os bons alunos são, quase sempre, uns nerds, os mais feios, desajeitados, desengonçados, os mais gozados por todos, os anormais lá do sítio? E, ainda por cima, porque será que os burros e mal-educados são sempre cool, giros, cheios de pinta e ultra modernos?
Sentimo-nos defraudados quando pessoas especiais para nós usam as mesmas palavras com que nos brindaram, com outras pessoas. Fica uma sensação de pequenez da qual apenas nos livramos quando deixamos de valorizar essas pessoas. É fundamental encontrarmos pessoas que estejam em sintonia connosco. Que tenham atitudes que não nos desvalorizem. Ter consciência do nosso valor, por vezes não nos chega. Precisamos, sempre, que os nossos afectos nos valorizem. Quando não é assim é urgente a mudança.
Há momentos precisos em que perdemos, ou ganhamos, o encanto por algo ou alguém. São momentos que valem por vidas inteiras. As palavras constroem novos caminhos. A força do querer também.
É preciso aprender a relativizar e compreender, de uma vez por todas, que há pessoas que não suportam ver-nos felizes. É triste mas é a realidade. É a vida!
Hoje
Às vezes temos tendência para ficar paralisados em salas de espera…Esperar por coisas que deixámos para trás e que sabemos dificilmente voltam...Mas, teimamos em esperar… São por vezes salas frias, solitárias, sem conforto e que não levam a lugar nenhum… É preciso evitar estas salas. É preciso pegar nas pernas e pôr-se ao caminho. A vida não espera…
