Palavras de amor e esperança neste Ano Novo que está para vir… Quando nos enamoramos pela ideia de felicidade e acreditamos que ela há de, mesmo, vir, não há nada que nos demova desse crer! Enquanto a esperança nos colocar sorrisos no rosto e brilhos no olhar de confiança num amanhã melhor, tudo vale a pena!
Um brinde ao Amor! Outro à Esperança! Que estejamos para a Vida como o Mondego para Coimbra!!! Unidos, formosos, românticos e fortes! Sempre!
Às vezes programamos coisas. Fazemos outras. Não nos importamos com opiniões. Seguimos em frente rumo a amanhãs que esperam por nós. Imaginamos que amanhece de uma determinada cor, mas surpreendemo-nos com as tonalidades que se nos deparam num quadro não planeado, que emerge lindo e exótico, em que a imperfeição pode imperar, mas que se nos apresenta como sustentável. A natureza humana aprecia esse valor acrescentado: a segurança que advém da sustentabilidade. Este conceito aplicado ao campo emocional parece estranho. Mas é um facto. Há sonhos reais na mesma medida em que existem realidades oníricas. Amanhã é, mesmo, outro dia.
Estamos sempre a aprender. Por vezes somos invadidos por uma sensação de Paz indescritível, outras, por uma inquietação insustentável. São sensações doces e amargas que fazem parte da vida! A mensagem que quero deixar, nesta quadra natalícia, é a de que a Amizade e o Amor, quando verdadeiros, não deixam dúvidas, dão-nos certezas. Boas Festas e Feliz Natal a todos os meus leitores e amigos!
Hoje ao acordar comprei um pouco de sol e saboreei um pouco de mar. Amanheceres auspiciosos, frutos de lutas que se ganham com muito esforço, de escolhas que implicam algumas renúncias… As vitórias são, quase sempre, saborosas! Apetece sorrir alegremente e por toda a parte! Mais um sonho que se cumpre…
“Não é o ângulo reto que me atrai, nem a linha reta, dura, inflexível, criada pelo homem. O que me atrai é a curva livre e sensual, a curva que encontro nas montanhas do meu país, no curso sinuoso dos seus rios, nas ondas do mar, no corpo da mulher preferida. De curvas é feito todo o universo, o universo curvo de Einstein”.
Oscar Niemeyer
Tributo a um dos arquitetos mais inspiradores de sempre que morreu ontem a poucos dias de completar 105 anos.
Neste dia, entre muitos, lembro-o com saudade e respeito. Faz hoje trinta e dois anos que o seu desaparecimento nos chocou!Homem de causas e de paixões fortes, que defendeu com um talento único. Na sua luta estavam sempre presentes a competência e a defesa de valores elevados, entre tantos destaco a liberdade! Talvez por toda a versatilidade e carisma seja homenageado e lembrado com emoção por pessoas de todos os quadrantes políticos e, também, por independentes. Continua a ser uma figura de referência, íntegra e portadora de um entusiasmo contagiante que lutou, incansavelmente, pelo que acreditou até à sua morte. Hoje, como ontem, a sua memória estará sempre viva para quem continua a lutar por aquilo em que acredita, com paixão e convicção, seja na política seja na vida privada. Conforme já aqui escrevi, será recordado e admirado como político e Homem dono de uma inteligência rara que marcou o século XX. Uma figura incontornável que os portugueses têm razão para lembrar e guardar num cantinho dos seus corações. No meu terá sempre o seu lugar.
Entra este mês de dezembro com o prenúncio do último dia feriado de comemoração da Restauração da Independência e o anúncio de uma campanha de solidariedade, refletida no Banco Alimentar. Se o primeiro acontecimento deixou o povo entristecido, o segundo foi abraçado de tal forma que se atingiu um sucesso que superou as expetativas. Apesar de todo o ruído à volta das declarações de Isabel Jonet, traduzido em manifestos e protestos nas redes sociais, e não só, o povo português esteve à altura do desafio contribuindo de forma inequívoca, apesar da crise e da austeridade instaladas. E isso é o que verdadeiramente importa. Este é o mês em que, por excelência, a solidariedade se manifesta dentro e fora de todos nós. Seria bom que este sentimento perdurasse o ano inteiro. Será sonhar demasiado alto? A esperança fica e o sonho também. Afinal ainda não se paga imposto para sonhar!
Gosto de te ouvir em palavras vindas do ondular refrescante das ondas do mar. É no silêncio abençoado que se saciam sedes honradas. O mar e o vento envolvem-se na catadupa dos afetos. A lua inflama as estrelas na paisagem perfeita de mar calmo. É quase madrugada. O sol surge cúmplice, prometendo aquecer o dia e só me apetece correr para ti com o despontar do amanhecer. Acordo.
Há sentimentos que não se explicam, mas que se sentem de forma intensa. Quando a chama nos incendeia, tudo nos parece sonho, desde o nome escrito no telemóvel que toca, à voz sussurrante que nos transmite o que necessitamos, à palavra adequada ao momento certo, ou apenas o falar e ouvir o outro, sobre banalidades que aconteceram durante o dia, não importa o quê. Para o outro, o mesmo sentimento, a mesma cumplicidade. Não é preciso estar presente para ser presente. O que afasta verdadeiramente as pessoas não é a distância física. Sempre acreditei nisso. É bom ser compreendido.
Quem atira pedras no escuro arrisca-se a apanhar com elas… Todos temos um lado mais ou menos doce, mais ou menos iluminado, mais ou menos agreste, consoante o nosso interlocutor…Já dizia o grande Charlie Chaplin, “ cada um tem de mim exatamente o que cativou”. Acrescentaria, e estou certa que muitos concordarão comigo, que algumas pessoas até já tiveram demais de todos nós. No mesmo jardim existem flores e ervas daninhas ou onde há rosas há espinhos... Há rostos que nos inundam de placidez, outros que só nos trazem inquietação e aborrecimento. Mergulhemos em sonhos cultivados, em olhares sinceros que nos invadem de cores vivas, sorrisos enfeitiçados no ciclo das marés em cada estação reencontrados…
Todos os dias a vida começa de novo permitindo-nos mudar o rumo dos acontecimentos através das mais pequenas escolhas… desde a cor das unhas ao vinho que queremos para o jantar…
Cada dia optamos por arejar a alma e enfrentar o mundo, ou, pelo contrário, guardar detritos no coração, até este ficar sobrecarregado de lixo… Quando se colecionam equívocos que nos impedem de avançar rumo à meta que nos propusemos, a tarefa de renovação, purificação, inovação de nós próprios torna-se muito difícil.
Penso que o mais importante é ser-se fiel à própria essência, sem passar por cima de ninguém, mas também sem se deixar pisar… Afirmarmo-nos pela diferença, a cada dia, sem nos desviarmos das escolhas que consideramos certas. E, se constatarmos que nos metemos por caminhos inadequados, é preciso ter a grandeza de assumir erros e retomar rotas. Como diz o poeta, e muito bem, o caminho faz-se caminhando. Não devemos baixar os braços enquanto acreditarmos no sonho. Mas é preciso saber aceitar derrotas sem resistência se as escolhas se revelarem estragadas… Devemos persistir e lutar se acreditarmos na sinceridade do sentimento, para podermos de novo brilhar e cintilar, trilhando novo rumo, livre e verdadeiro. Sem sofismas. Nesse caso, deve rumar-se a caminhos límpidos que, por vezes, de tão sonhados até se conhecem de olhos fechados… Descobertas imprevisíveis nesta inesgotável fonte de aprendizagem: a vida.
Às vezes, a vida acontece quando queremos. Hoje foi mais uma etapa ganha. Falta o sprint final. Mais uma meta a vencer. Tanto de brilho como de cansaço no olhar. Verdadeiro espelho da alma! Vale a pena arriscar em nós próprios. Esperam-nos alvoradas auspiciosas. Vivendo e aprendendo. O caminho, faz-se, de facto, caminhando. Com firmeza e determinação. Acreditando. Nas estrelas que brilham e iluminam a noite escura. No sol que aquece em dias de frio extremo. Na lua que muda quatro vezes por mês. Em Deus, o grande mentor! Amanhã é outro dia. Sempre.
Há formas surpreendentes de escrever a vida; de reinventar o sentimento; de gritar tristezas e medos; de sentir o mar, o vento no rosto, a lágrima que escorrega teimosa; de desbravar o sentimento; rasgar sorrisos; fintar marés; derrubar barreiras; encarar a desilusão e o silêncio alegremente; acreditando, sempre, na esperança benigna de terminar o livro, como se não tivesse fim…
Quem não sente saudade de coisas que já teve, de pessoas que conheceu, de coisas que nunca teve mas desejaria ter, de pessoas que nunca conheceu mas que gostaria de conhecer? De lugares em que já esteve e de outros que nunca conheceu? De ser estimado/a e querido/a como se de um/a príncipe/princesa se tratasse? Quem não sente saudade de pequenos pormenores que fazem a plenitude do ser grande? Quem?
Como todos sabem, o Dia de São Martinho é celebrado anualmente a 11 de novembro. Conta a lenda que certo dia, um soldado romano chamado Martinho, estava a caminho da sua terra natal. O tempo estava gelado e Martinho encontrou um mendigo cheio de frio que lhe pediu esmola. Martinho rasgou a sua capa em duas e deu uma ao mendigo. De repente, o frio parou e o tempo aqueceu. Acredita-se que na véspera e no Dia de São Martinho o tempo melhora e o sol aparece como recompensa por Martinho ter sido bom para com o mendigo. Costuma dizer-se que é o verão de São Martinho. A tradição deste dia é assar castanhas e beber o vinho novo, produzido com a colheita do verão anterior.
Como gosto de dar voz à sabedoria popular escolhi alguns provérbios alusivos:
·No dia de S. Martinho, vai à adega e prova o vinho.
·No dia de S. Martinho, lume, castanhas, e vinho.
·Pelo S. Martinho, todo o mosto é bom vinho.
Bom São Martinho a todos! O meu foi passado a trabalhar. Como diria alguém “é a vida!” Para o ano será melhor! "O melhor ainda está por vir".
Gosto de Barack Obama e da sua mulher Michelle. Do sorriso e força carinhosa e firme que transparece neste abraço. Dos olhos fechados de quem saboreia um sonho! O sentimento, visível na cumplicidade que parece uni-los, é simplesmente maravilhoso. Fiquei feliz por terem ganho. Sim, porque até nisso revelam união. A vitória é de ambos, sem qualquer sombra de dúvida. Bom trabalho e boa sorte aos dois. Parabéns!
Todos sabemos que não devemos tomar o amor do outro por nós como certo. O mesmo se passa com o nosso pelo outro. Desengane-se quem afirme o contrário. O mesmo se passa com a Vida. Por isso, nunca devemos tomá-los por garantidos. É preciso cuidar, mimar, respeitar. Quem ama cuida. Quem não o fizer é tonto. A perda será certa. A vida corre, o tempo esgota-se. Vive quem ama. Quem não ama sobrevive. Digo eu.
Pensa-se, demasiadas vezes, nas mais-valias materiais e profissionais que se conseguem ao longo da vida, ou seja naquilo que é observável. Prolifera a tendência a valorizar essas conquistas em detrimento das que refletem o sentimento que domina o coração e a alma. Perante o [in]sucesso, sentimental ou outro, adota-se, por vezes, uma atitude politicamente correta, independentemente da pessoa se sentir bem ou menos bem com ela. Faz-se isso tão inconscientemente que, amiúde, a perceção desse facto só surge quando emerge um sentimento cúmplice, leal, verdadeiro e arrebatador. Então, valoriza-se o que de facto é importante, o que não se vê ….
Às vezes é preciso arejar a alma. Fazer uma desintoxicação de sonhos acumulados e proporcionar a si mesmo um banho de realidade. Não é fácil livrarmo-nos de certos apegos emocionais que não nos fazem falta. É fundamental acreditar que a magia não existe, senão dentro de nós próprios. É inútil procurá-la fora. Quanto muito, o caminho pode ganhar encanto se as almas se unirem de mãos dadas … mas o importante, mesmo, é o encontro com a nossa essência e a harmonia que dela emana.
Por vezes é preciso que aconteça um momento de revolta interior para que surja a escrita. São geralmente dias em que o silêncio grita bem alto, em que a nossa essência nos impele a ajudar, não só os outros, mas principalmente a nós próprios. Não se consegue calar o sonho. É ele que nos move e que dá sentido à vida. Há vazios que podem ser libertadores. Aqueles que têm alma guerreira lutam sempre, mas é bom lembrar que, quando se está à beira de um precipício só se consegue avançar dando um passo atrás… São, muitas vezes, caminhos árduos, mas que valem sempre a pena, porque se há batalhas que se vencem, há algumas derrotas com sabor muito mais triunfante do que certas vitórias... A escrita reflete, muitas vezes, a compreensão dos outros e de nós mesmos, o conhecimento do limite das nossas forças, e é, também, uma forma de crescimento, de amor e de Fé…
Sempre achei romântica a história de Sininho, a fada travessa, da terra do nunca, leal amiga e apaixonada pelo seu Peter … O seu maior sonho é ter o tamanho de um ser humano normal, para poder abraçar Peter Pan! Há esperanças infantis que podem dar em felicidades adultas… É preciso acreditar nos sonhos! Ainda há terras do nunca em que as pessoas não se perdem. Encontram-se. O imprescindível é ser-se um eterno sonhador!
Mais uma vez nos surpreendemos com a fragilidade da vida. Margarida Marante, 53 anos, jornalista e entrevistadora, uma comunicadora notável, partiu ontem de uma forma violenta, de ataque cardíaco. São acontecimentos como este que nos fazem pensar nas vaidades ocas, nos sentimentos menos nobres que muitas pessoas revelam todos os dias. Que a sua alma tenha eterno descanso. Quem fica deve aproveitar para parar, pensar e refletir…
Mais um ciclo que se fecha, outro que se renova. Até para o ano querido verão! Fica a saudade dos bons momentos, a aprendizagem dos menos bons. A isso chama-se maturidade.
Olá outono mágico! Bem-vindo. Adoro as tuas cores, os tons amarelados, alaranjados e avermelhados. Tornam mais presente a paixão de viver. O acreditar no projeto que se delineou, com as mudanças óbvias que a vida nos coloca, fazendo as escolhas que a Fé nos indica e a dignidade nos impõe, mas sem nos desviarmos do caminho que achamos correto na busca eterna de sermos felizes.
Se o destino, somos nós que o fazemos, então há que não dormir em serviço! O olhar profundo e sincero, o sorriso nos lábios. Se formos honestos e verdadeiros connosco próprios, jamais seremos falsos com alguém. Por isso creio em olhares e sorrisos! Palavras, leva-as o vento. Acredito mais nos atos! Sempre!
Quando a renúncia do mundo nos dói na alma é hora de abandonar a solidão e o silêncio. Há que escrever livremente na crista da onda ou na brisa do vento. As palavras podem libertar muito a mente. A vida ainda vai esperando. O caminho pode ainda ser encontrado. Lá à frente pode estar aquele sonho que espera sem pressa. Acordar é sempre uma bênção. Ao amanhecer, ao entardecer, ao anoitecer…Tanto faz.
Há páginas que são autênticos desertos, onde as palavras serpenteiam e não dizem rigorosamente nada. Outras, brancas, ondulantes, cheias de significado. O seu todo perfaz o livro. Sempre aberto para a interpretação do leitor. Às vezes quanto mais se escreve, mais se fecha o pensamento. Quanto mais se sente, mais se deixa o sentimento de lado. Quanto mais se ama, mais se enrijece. É o paradoxo da vida, a experiência ganha-se errando e quem não erra não adquire experiência. É como escrever a duas mãos. Parece tudo mais colorido, apaixonante, desafiante; menos ambíguo, solitário e fatigante. Mas, se a outra mão for dissonante, o resultado, em vez de semear sonhos, origina pesadelos, difíceis de ler e de escrever… Enigmas da vida por desvendar. Urge investir nos que semeiam sonhos. Acreditar é o verbo!
Diz-nos a sabedoria popular que não se deve cuspir para o ar. Quanta volta, quanta cambalhota, quanta reviravolta dá a vida…
Gosto de começos, não gosto de fins. Desde o amanhecer, ao início do ano, ao princípio de um projeto (de vida ou outro) e a tantos outros começos que nem sei por onde começar… Já quanto a finais, tirando o dos romances/novelas em que os protagonistas são felizes para todo o sempre, ou de certas más experiências, como, por exemplo, doenças físicas ou de alma, quanto a finais dizia eu, sinto-lhes uma certa angústia, misturada com amargura e um sentimento de perda, difícil de explicar. Desde o final de dia, com algumas saborosas exceções, ao final de ano letivo ou civil, ao final de um projeto, ao final de férias, de fim-de-semana, e de muitos outros finais de que prefiro nem falar… Mas viver é isso mesmo: começar, terminar, recomeçar…
Seja como for, cá estamos prontos para mais um recomeço. Por agora, refiro-me ao ano letivo, obviamente. Sofrido, incerto, mas a ser encarado de sorriso aberto, com aquela vontade de tentar dar o nosso melhor todos os dias, com Fé, determinação e muita convicção.
Há dias em que o sol nasce mais lentamente que o habitual. Outros há em que nem sequer o chegamos a ver. Belos são aqueles em que o seu brilho parece querer aquecer-nos o corpo e a alma, colorindo a vida de tons originais e mágicos. No entanto, a sua luminosidade é sempre igual.
Há sinais que nos alertam para as sombras, que ignoramos por pura tolice. A verdade é que os dias mais sofridos e escuros ajudam-nos a dar valor, claridade e sabor aos outros. Há um momento do dia em que ainda não é de noite. É nesse instante que vemos tudo mais claramente. Sem vícios nem subterfúgios…
Todos temos esse momento iluminado, antes ou depois do entardecer, antes ou depois do anoitecer, antes ou depois do amanhecer, não importa, o amanhã trará sempre a certeza de um novo dia.
Foi um sonho breve mas tão intenso que cabe numa vida inteira. Dou voltas e reviravoltas mas o filme não me sai da cabeça. A estrada era toda nossa. Recordo o momento em que te vi num instante breve e mágico. Como se te conhecesse desde sempre. Vestias branco como te tinha idealizado há tanto tempo… Era tarde, a tua mão na minha, leve e cálida, parecia finalmente ter encontrado o seu lugar… No teu sorriso me revi como se tivesse chegado a casa de uma longa viagem… No teu olhar mergulhei desnudada de coração limpo inundando e transbordando afectos … Quis o destino que não tivessem passado de simples instantes, mágicos, como uma obra-prima retirada de um qualquer museu de Paris... Qual cena da vida inebriante só comparável às sensações provocadas por puros clássicos e modernos do mundo das artes. Um estado zen que reconheci junto a ti. O filme era nosso. A casa era toda envidraçada, frente ao mar imenso e nosso aliado sem o termos visto nunca juntos. Hoje navego em palavras que disse, mergulho em pensamentos que não verbalizei, revivo momentos que jamais esquecerei e que tu nem por sombras imaginas…
No futebol
é como na vida, nada é certo. Muitas vezes, quando se julga que se ganhou, já se perdeu... Mas quando
se acerta mesmo, é maravilhoso!!! Por cada vitória, há alguém derrotado. Por vezes, também se pode ganhar perdendo!!!Tal como na
vida... Ontem perdeu-se, hoje ganhou-se. Viva Portugal. Viva la vita!
Quantas
vezes somos levados a teimar em realizar impossíveis. Às vezes por tempo
de mais. A mágoa e a revolta tomam o lugar de outros sentimentos. A sede de
justiça move-nos. Exigimos, barafustamos, sobrevivemos. Adormecemos cansados e acordamos
exaustos. A coragem e a força são nossas companheiras de viagem. Recomeçamos,
pelo despertar da aurora, mais uma jornada de impossibilidades. Lutando por
causas em que acreditamos e por ideias a que nos amarramos. Muitas vezes contra
o tempo e contra a lógica da vida. Até ao limite do suportável. Ou até que o
impossível deixe de o ser…
Quando
ouço e leio queixas sobre o muito que se trabalha, apetece-me também queixar,
até porque nem sequer vi, e adoraria ter visto, o jogo de hoje, em que Portugal
venceu a Dinamarca por 3-2. Segundo dizem foi um jogo emocionante com todos os
ingredientes para fazer o coração bater mais forte e viver momentos de paixão.
Mas não, não vou fazer isso, por uma razão muito simples. Tenho trabalho. É
preciso respeitar quem não o tem ou quem está em vias de ficar sem ele. Trabalhar
é um privilégio e está para quem não trabalha como a saúde para quem está
doente. Quem está doente só almeja ter saúde, tal como quem não trabalha só
deseja tê-lo. O resto são estórias bem ou mal contadas. Haja saúde! Que o
trabalho esteja ao alcance de quem o deseja.