quarta-feira, 30 de junho de 2010

Contrariados

Passamos grande parte da nossa vida a sermos contrariados. Apetece-nos fazer mil e uma coisas mas temos de ir dormir porque é preciso levantar cedo no dia seguinte. Queremos ficar na cama e é hora de sair para a escola/trabalho. Apetece-nos diversão, lazer, mas há sempre muito trabalho que tem que ser feito. Queremos namorar, ou estabelecer regras numa relação, mas raramente as coisas correm de feição durante muito tempo. Tencionamos estar sozinhos, mas somos necessários à família ou amigos. Pretendemos companhia, mas estão todos demasiado absorvidos com as suas próprias vidas. Queremos ganhar mais, mas a crise é grave ou nem sequer se consegue um emprego. Queremos luxos mas não há dinheiro. Queremos ter sucesso mas nem sempre conseguimos.
Passamos a vida a defender ideias e a lutar por aquilo em que acreditamos, vivemos segundo valores que defendemos, padrões que definimos para nós, e para aqueles que de nós dependem, ou dependeram, e ficamos amargurados perante a ideia de perdermos o que durante anos construímos: a nossa essência.
Vale a pena reflectir nisto: seremos sempre contrariados, por outros, ou por nós próprios. Viver tem destas coisas.
NM