Atravessamos pontes, se não existem inventamo-las, galgamos campos, ruas e desertos, enfrentamos ondas, marés e contornamos obstáculos gigantes! Quantas vezes damos connosco a correr… Para quê? Para nada. Porquê? Porque somos humanos.
Há pessoas que procuram, de forma sistemática, a terra do nunca, como se existisse… Claro que a terra do sempre tão pouco existe… Viajar é uma lição de história, uma experiência sociocultural maravilhosa e enriquecedora. Mas, por muitas terras que se vislumbrem, por muitas que já se tenham conhecido, há com frequência aquela que nos toca o coração, nos enche a alma e nos preenche o imaginário…E de que maneira!
Calma, doçura, sossego… Como se fosse possível escolher pensamentos, estados de espírito, vontades… Quantas vezes estragamos bons momentos com agressividades tamanhas, só porque achamos que as coisas se passam de determinada maneira? Aquilo que sentimos, para o bem e para o mal, deixa-nos cegos, surdos e mudos…À velocidade do som ficamos zangados, de unhas e línguas afiadas… Neuras que não levam a lugar nenhum. Por isso, é preciso pensar e viver em ambientes zen, docinhos e sossegados. A atitude e o tempo podem ser bons remédios!
Por cada palavra um acto significativo, um beijo pintado de fresco em tons de maresia. À palavra sem paixão, apesar de muito enfeitada, sem eco, resta apenas o vazio, a incoerência do olhar seco, de vidas sem sentido, plenas de pequenos nadas, encurraladas, abertas a todos a troco de míseros minutos de atenção, metades de tão pouco, que chegam a inspirar pena de tanta presunção de grandeza e de conhecimento… Pobres são mesmo aqueles cujo espírito não dá mais… a vida tem mesmo muito para lhes ensinar já que de inteligência…